Se desprendida for dos dogmas, doutrinas e limites
De tão torpe sociabilidade
Loucura é o que se comete em vão
Quando amada é uma donzela
A guardiã de suas conquistas
De nada adianta os poemas se não tem a quem os dedicar
Aliás estes só assim o são, se teen essa intensionalidade
Uma fonte de inspiração que os incita e os da vida, os da razão
Assim como nenhum sentido faz derrotar gigantes
Se não tem para quem, como servo os enviar
Derrotar moinhos e caminhar sozinho...
Quando se é loucamente lúcido
A vagar como andante cavaleiro mambembe
Todas as meretrizes são nobres donzelas
( sabe-se em verdade que são as mais puras, nobres e singelas)
Tem de se ter no peito uma amada
Aquela que sempre o espera na próxima alvorada
E em porte suas armas
Já se pode um nobre cavaleiro andante
Partir rumo ao horizonte
Embebido em loucura lancinante
Em sua busca por aventuras
E anseio pelo destinado encontro de sua amante
Quem não vive este mundo
Pode enfrentar vencer gigantes
Leões, guerreiro ou porque não moinhos-de-vento
Só não pode vencer o sentimento
Que aprisiona e transcende o próprio tempo
Cavaleiro andante
Nobre?
Louco?
Um infante!!!
Em briosa montaria segue buscando-a por noites e dias
Dormindo por estalagens
Ou entre os vagabundos
Ensandecida busca...
Paciente espera
Em sua loucura singela
Pela longa madrugada
Aprisionado em triste figura
Segue-se entre tamanhas desventuras
A sua longa jornada
Seu maior sonho
O desejo mais delirante
Sua maior loucura
A busca de sua alma em posse de sua amante...
Ah, Dúlcineia senhora do loucos errantes
Que talvez justamente por não existirdes
sois tão fascinante
Saúdo á Dom e sua ensandecida jornada
Em comum temos a loucura
A cina-de-alma-roubada
E a estrada dos errantes vagabundos a ser trilhada
Quixotesqueanamente Fábio Che
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