segunda-feira, 25 de junho de 2007

... sem titulo ...


Quanto a ti que venhas breve
teu cheiro antecipa-se na brisa
que venhas leve
e que teu beijo de doce ardência,
mel e saliva
minhas inquietações dissipem
e a vida que torne-se breve
e que a ausência de tuas roupas
libere o calor de teu corpo
para que me esquente, ou melhor me incinere...
e que minha voz também ausente se faça
dando espaço ao som dos corpos
a sôfrega respiração e aos gemidos
agudos e espaçados de tesão...
que venhas breve em vôo solo anseio-te
transpirando por cada poro
que venhas breve que trepe forte
e beijes leve...
e quanto a ti que partas breve
deixando para mim apenas
as lembranças e a sorte
para que mais uma vez desnorteado
eu tome um norte
parta antes que a paixão o faça
no auge do tesão, com toda a maestria
e toda graça

parta antes que a paixão o faça

e não permita ao sentimento cair em desgraça

e da nossa paixão não dê o ultimo trago

o horrível gosto do filtro assim comoa sensação de algo acabado

todos sabem, causam tamanho estrago

parta antes que a paixão o faça

deixando e levando, a ilusória sensação

de que nada na vida teve mais poesia

teve mais graça...e quanto a ti

que venhas breve e leve chegue,

assim que a paixão presente se faça

mas saiba sempre a hora certa de partir

parta antes que a paixão o faça...

Quanto a mim sigo, navegando (navegando) pela vida...

buscando um porto onde atracar...

Porém tendo por pre-suposto

a ifeliz sensação de não ter onde chegar

de que uma vez aportado

novamente terei anseios de partir,

cortar oceanos, ver o novo gosto, o novo mar!!!

Fábio Che

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