sexta-feira, 14 de novembro de 2008
O poeta-operário
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
Salga,arde
Pelo mesmo que custou meu suor
foi o preço da cobrança obscena.
Sim,estigado sempre a querer coisa maior
neguei ser eu ,que sempre me tive pena.
Mais-Valia ter sorrido
Mais-Valia ter pensado
Mais-Valia ser ousado.
quanto vale a cobrança obscena
quanto vale meu tempo fora de ar
mais,menos,mais que resolver o problema.
mão ,suor,mão,suor
Divida-se a única intenção
mão,suor,mão,suor.
(Produzido logo após um CFS I)
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
EM DEFESA DA RAIVA JUSTA
Destruíram tudo!
Cada semente,
anos de experiências,
cada descoberta,
cada inovação.
Tudo foi pisoteado,
Com raiva,
com ódio,
Com desprezo,
irresponsavelmente...
Que desconsideração.
Não eram mais que brotos,
Mudas de futuro frágeis,
sonhos que germinavam,
sementes que ansiavam crescer.
Como é possível destruir mais de vinte anos
mais de vinte anos de esforços e sacrifícios?
O governo Lula destruiu vinte anos de sonhos
e sementes de mudas de futuro!
Que desconsideração.
Ainda bem que temos mulheres
viveiros de sementes preservadas.
Ainda bem que mulheres camponesas
ainda miram o inimigo e atacam
Com raiva
Com ódio
Com determinação
Elas carregam nossos vinte anos
no ventre fecundo
elas salvam nossas sementes
do solo infértil da acomodação.
Mauro Iasi - Abril de 2006
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Conselhos democráticos
Vote!!!
Vote consciente, vote certo
Vote por interesse,
Ou vote por protesto
Vote por crença,
Vote por afeição
Vote por amizade,
Ou por centralização
Vote!!!
Pouco importa qual sua razão
Vote!!!
Seja por ideologia, Seja em troca de pão
É chegado seu grande dia
Faça valer a democracia,
vote!!!
Exerça sua cidadania
Seja cordeiro,
Digo,
Seja ordeiro... e reto
Vote consciente, vote certo!!!
Independente ao resultado
Consolide a democracia
Exerça sua cidadania
As urnas cidadãos!!!
No dia X e na hora H,
Este é o seu momento
Sua (única) parte no espetáculo
Do (nosso) crescimento
Tenha em mãos números
E na cabeça um candidato
É, o seu momento, é sua grande cena
É de grande importância
Não tome por coisa pequena
Vote consciente, vote certo!!!
Depois volte pra casa
E deixe conosco o resto
Decidir os rumos da vida
Não é coisa de gente amena
Volte pro futebol, boteco
Loura-gelada e toda a sua alegria
Durma bem, e até outro dia
Daqui mais quatro anos
Te convidamos
Para outra grande festa
Mais um show de democracia
Fábio Che e Fernado Coelho
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Sufrágio universal
A política, todos sabem,
É quem a tudo define
A miséria não cessa se não por decreto
E a fome só se acaba, se contra ela,
O parlamento assinar um veto
E tudo é uma questão de vontade política,
Secundário são os atos concretos
Portanto escolha o salvador,
Que a humanidade esteja finalmente no rumo certo
II
Entretanto meus amigos,
Há infames que nada sabem
Acerca do que lhes digo
Negam que "A voz do povo é a voz de Deus"
Antes fossem apenas ateus, mas
negar-se a democracia???
Vândalos, baderneiros homens de alma vazia.
Propagam indubitável uma blasfema-heresia
Dizem que o Estado-Burguês é autônomo,
E que sob direção de esquerda ou de direita, nada mudaria
Que a fome continuaria a ser fruto das barrigas vazias
Que as relações "capitalistas de esquerda", simples relação capitalista seria
Que as fábricas através de suas jornadas, ainda o homem adoeceria
E que, como hoje, este pobre e sem saúde envelheceria
Que os ricos continuariam a ficar mais ricos com a extração de mais valia
Que as crianças descalças e com fome, ainda se prostituiriam
Que operários e estudantes ainda protestariam, que o Estado ainda os reprimiria
Que as borrachadas ainda arderiam e a bala quando se abatesse contra o peito ainda mataria.
E que tudo só mudaria, por sua vez,
Destruindo a sociedade de classes
E o Estado burguês
III
Mas deixemos de lado os insanos, voltemos a lucidez
Todos sabem que a miséria relativa é necessária,
cuide pois para que os miseráveis não sejam vocês
Pacíficos e ordeiros filhos das cidades
E não se deixe enganar,
Te resta portanto apenas se dedicar
Vamos nos embriagar de democracia
Todos sabem sem os (nossos) parlamentares
Nada cresceria e sem os (nossos) executivos
A própria noite jamais se faria dia
Não me venham com utopias
Todos sabem sem nossos mandatos a luta cessaria
Sem tomar o Estado burguês, nunca nós tornaríamos...
Hum-hum.. digo, nunca derrotaríamos a burguesia
Por isso conclamamos, bóias-frias e estudantes,
Homens e mulheres, pequenos-burgueses e proletários
Enfim toda a massa, (claro, a exceção dos baderneiros)
A mudar através do voto livre direto a realidade do mundo inteiro
...
Cuide para que seja eleito
E através de seu voto-livre-e-direto, assegure
Fábio Che
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
Como o diabo gosta
nem nada,
tudo tá como
o diabo gosta, tá...
Já tenho este peso que me fere as costas
e não vou eu mesmo atar minhas mãos...
O que transforma o velho no novo
bem-dito-fruto do povo será
E a única forma que deve ser norma,
é nenhuma regrar ter
É nunca fazer,
nada que o mestre mandar
sempre desobedecer,
nunca reverenciar
Belchior
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Desejo
Desejo, pois, que não seja assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Desejo depois que você seja útil, Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Desejo que você, sendo jovem,
Desejo por sinal que você seja triste,
Desejo que você descubra,
Desejo ainda que você afague um gato,
Desejo também que você plante uma semente,
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Desejo por fim que você sendo homem,
Victor Hugo.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
Hino dos grevistas
É nosso dia companhiero,
Nosso e o trabalho de nossos mãos.
Nossas são as maquinas que movemos, Nossos são os frutos da producão.
Avante vamos, os camaradas,
irmãos de classe, para lutar!
Parando as maquinas falaremos
e a nossa voz se ouvirá.
Avante classe operária avante todos os oprimidos parando as máquinas e com estas
já caladas no silêncio dos operários
que se ouça ogrito é nosso dia camaradas...
(autoria: nossa classe)
terça-feira, 22 de julho de 2008
Contexto
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Amizade
Quando conhecemos as pessoas
Aprendemos a percebe-las
Suas atitudes
Suas vicissitudes
Com o tempo e a convivência
Aprendemos a ter paciência
Com os defeitos
Com os trejeitos
Quando consideramos aquela amizade
Percebemos a cumplicidade
O carinho aumenta
A pessoa acrescenta
Ao chegarem os momentos de tensão
Recebemos sempre muita atenção
Ao aparecerem nossos erros
Recebemos sempre palavras duras e muitos conselhos
A amizade é como o amor
Têm pitadas de alegria e dor
É construída
É dividida
Mas, principalmente vivida.
Samara Marino
úmidos na madrugada
o frio tocava a sua pele
eriçando os seus pêlos
E a pele em poesia
quando a boca calava
desabrochava dizendo nua
versos de arrepio
Pele de poesia viva
com seus pêlos estremecidos
pela brisa morna e sussurrante
treme e impacienta-se
a espera do toque redentor
entre delírios, suplicios
e medo
clama que aquele não seja
o ultimo beijo...
Mas em verdade, esse nem era
seu desejo
Fabio Che
quarta-feira, 25 de junho de 2008
Tempos modernos
ou melhor ainda seria dizer,
simplesmente modernos
aparentemente, o nada nos espera...
não se tenham dissípado,
os romantismos estão mortos
(Tal qual os romanticos, porém estes, ainda que mortos recusam-se a tombar)
e as ilusões não mais persistem
para paternal e tuteladamente lhe guiar
se tiveres a búsola certa saberás se localizar
Tudo, tudo continua a ser fruto
do trabalho humano concreto,
e socialmente abstrato.
Em teu punho serrado,
de trabalho já cansado,
reside tudo o que existe de fato.
Fábio Che
quinta-feira, 13 de março de 2008
Despedida do educador
parte da vida vai contigo.
Te sigo com o olhar triste
disfarçando a lágrima renitente.
Ensaio, ensimesmado, um sorriso...
Aceno displicentemente para que sigas
confiante e seguro
pelos caminhos que te levam para longe.
Observo-te sumindo na estrada
e guardo a imagem no vazio que deixas:
“faltou dizer-te que...”
sempre falta algo por dizer.
Apesar dos passos imprecisos
no fundo sei que estais pronto.
Fico aqui te acompanhando
pelos caminhos novos em que me levas.
Sim, estais pronto...
Aqui eu permaneço ao seu lado.
Aqui permaneço recomeçando,
como sempre... inacabado.
Mauro Iasi
2008
sexta-feira, 7 de março de 2008
1857
e antes de brotarfeito feto,
Durante a 2ª Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque.
quarta-feira, 5 de março de 2008
O Dinheiro
Pelo florim, criança, você deve ansiar.
Wedeckind)
Para o trabalho o homem não foi feito.
Mas do dinheiro não se pode prescindir!
Pelo dinheiro é preciso Ter respeito!
O homem para o homem é uma caça.
Grande é a maldade do mundo inteiro.
Por isso junte bastante, mesmo com trapaça
Pois ainda maio é o amor ao dinheiro.
Com dinheiro, a você todos se apegam.
É tão benvindo como a luz do sol.
Sem dinheiro, os próprios filhos o renegam:
Você não vale mais que um caracol
Com dinheiro não precisa baixar a cabeça!
Sem dinheiro é mais difícil a fama.
Dinheiro faz com que o melhor aconteça.
Dinheiro é verdade. Dinheiro é fama.
O que seu bem disser, pode acreditar.
Mas sem dinheiro não busque seu mel.
Sem dinheiro ela será roubada.
Somente um cão lhe será fiel.
Os homens colocam o dinheiro em grande altura
Acima do filho de Deus, o Herdeiro.
Querendo roubar a paz de um inimigo já na sepultura
Escreva em sua laje: Aqui Jaz Dinheiro.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Hotel Fratenité
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Noite
pelos doces seios, fértil ventre
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Tempos modernos
Estirado, roto e enfermo: o maltrapilho
Árdua labuta, nula, mas intensa;
Tecnologia ou Ciência Moderna,
Erva daninha
Planta que brota das rachaduras
Gerando mais rachaduras
E destruindo todo o concreto
Que até ontem parecia invencível
Sou a semente do devir
Que esteve soterrada sob a calçada
Contenho em mim a árvore
Sou e não sou semente ao mesmo tempo
Pois já sou planta, sou flor, sou fruto
Sou a floresta que há de brotar amanhã
Em todas as rachaduras
De teu concreto, sobrará poeira
De teu asfalto, o pedrisco
De tuas pedras, os pedaços
De tua suposta eternidade,
a impermanência
De teu império, a ruína
Don Paulo Quixote
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
A volta do beija-flor
quarta-feira, 16 de janeiro de 2008
Passos leves
Ana Teresa
dotada de inaldita beleza
Com seus seios...de pele alva,
bicos duros, perfumados,
consistentes e macios como que
duas pêras, uma dádiva da natureza
Com seus castanhos cabelos...
cujo perfume se podia sentir a uma légua
caídos sobre o rosto,
feito crína de selvagem égua
E suas costas delicadas
E suas largas ancas
E sua bunda que parecia
duas colinas brancas
Olhar que perdido no espaço
combinava ao leve gingado
dos quadris em seus felinos passos
Um corpo em brasa, faíscas e centelhas
e suas delicadas mãos de unhas vermelhas
E suas pernas torneadas...
que eu preferia escancaradas
exibindo um sexo, de finos lábios
e poucos pêlos
destacando seu suculento e saliente grelo
E seus traços de inocência. Contraste!
Com seu sorriso de prazer beirando a indecência
Ana Teresa... Sagacidade!
Castração da castidade!
Por vezes ainda sinto entre os dentes
o sabor de tua carne.
Walter F. Sampaio
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
Samba e amor
E tenho muito sono de manhã
Escuto a correria da cidade, que arde
E apressa o dia de amanhã
De madrugada a gente ainda se ama
E a fábrica começa a buzinar
O trânsito contorna a nossa cama, reclama
Do nosso eterno espreguiçar
No colo da bem-vinda companheira
No corpo do bendito violão
Eu faço samba e amor a noite inteira
Não tenho a quem prestar satisfação
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade, que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?
Não sei se preguiçoso ou se covarde
Debaixo do meu cobertor de lã
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã
Chico Buarque de Olanda
Uma dama em minha cama
timidamente determinados
em minutos entrelaça-mo-nos os lábios
E o ballet das línguas
E a dança das mãos
O entrelaçar dos dedos
Os corpos que buscavam o encaixe perfeito
O vagabundo e a dama
entrelaçados
rolaram até a cama
Dai o "jogo do despir"
(os dois qual criança com novo brinquedo)
tirar as roupas, a cada milímetro
desvendando segredos
todos minuciosamente
examinados
devassados
por olhos,
boca,
língua,
e dedos
Olhares de tesão arrojados
mãos que seguravam um ao outro
como quem segura
para que de ti não fuja o pecado
A canção dos suspiros
a ser lapidada
por bocas secas e línguas molhadas
Seu corpo estendido na cama
o umidecer dos dedos
no sexo molhado da dama,
em silêncio de noite calada
que só os gemidos profanavam
Em nossos corpos o fogo ardia
em nossas bocas
o sexo alheio de tão quente,
dava a impressão que derretia
E ao penetrar em tal dama sentia
(eu que não rendo tributos a magia)
como que surgido um Sol na noite
e uma Lua-cheia ao meio dia
E a rígida dança dos corpos
E o ballet da primavera
ou ainda a primitiva-dança-da-vida
que a natureza perpetua através das eras
Suas unhas em minhas costas cravadas
seus cabelos que minhas mãos seguravam
seu sexo preenchido a cada estocada
e os urros selvagens que o ar habitavam
no auge da euforia o gozo,
que de tão intenso,
intensidade não definia
Hora estava a dama a meu lado
outrora presente sua ausência se fazia
e partira como chegara,
assim como
o primeiro filme-álibi
que
nunca terminara...
Walter F. Sampaio
Aula de vôo
caminha lento feito lagarta.
Primeiro não sabe que sabe
e voraz contenta-se com cotidiano orvalho
deixado nas folhas vividas das manhãs.
Depois pensa que sabe
e se fecha em si mesmo:
faz muralhas,
cava Trincheiras,
ergue barricadas.
Defendendo o que pensa saber
levanta certeza na forma de muro,
orgulha-se de seu casulo.
Até que maduro
explode em vôos
rindo do tempo que imagina saber
ou guardava preso o que sabia.
Voa alto sua ousadia
reconhecendo o suor dos séculos
no orvalho de cada dia.
Mas o vôo mais belo
descobre um dia não ser eterno.
É tempo de acasalar:
voltar à terra com seus ovos
à espera de novas e prosaicas lagartas.
O conhecimento é assim:
ri de si mesmo
E de suas certezas.
É meta de forma
metamorfose
movimento
fluir do tempo
que tanto cria como arrasa
a nos mostrar que para o vôo
é preciso tanto o casulo
como a asa
Mauro Iasi
sexta-feira, 11 de janeiro de 2008
Ultimo dia
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Mais do Mesmo???
exigindo contratação de mais professores,
E agora falam
quinta-feira, 3 de janeiro de 2008
Leão do Norte
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de Maracatu
Eu sou um alto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a flor da lira
Pra nova Jerusalém
Sou Luis Gonzaga
E eu sou mangue também
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pifo no meio do Canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite puxando esse cordão
Sou jangadeiro na festa de Jaboatão
Eu sou mameluco, sou de casa forte,
sou de Pernambuco
eu sou um Leão do Norte...
Lenine
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
Ode ao burguês
Eu insulto as aristocracias cautelosas! os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros! que vivem dentro de muros sem pulos, e gemem sangues de alguns mil-réis fracos para dizerem que as filhas da senhora falam o francês e tocam os "Printemps" com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto!
Morte à gordura!
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Ódio e insulto!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!...