Anjos seduzem-se:
nunca ou a matar.
Puxa-o só para dentro de casa
e mete-lhea língua na boca
e os dedos sem fretePor baixo da saia
até se molharVira-o contra a parede,
ergue-lhe a saiaE fode-o. Se gemer,
algo crispadoSegura-o bem,
fá-lo vir-se em dobrado
Para que do choque no fim te não caia.
Exorta-o a que agite bem o cú
Manda-o tocar-te os guizos atrevido
Diz que ousar na queda lhe é permitido
Desde que entre o céu e a terra flutue
–Mas não o olhes na cara enquanto fodes
E as asas, rapaz, não lhas amarrotes.
Bertold Bracht
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