sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Vazios são os dedos
secos de vida
Os olhos vazios de dor
a culpa se faz ausente
As alegrias mesquinhas são
a unica felicidade presente
O novo comemorado
não passa do velho reeditado
A nova bomba explode
em meio aos velhos gritos
A nova fome reforça os velhos ritos
Inertes assistimos
o que não parece finito
A esperança é relegada a um Deus
que nunca esteve vivo
Enquanto a humanidade morre
em guetos e praças
ninguém escapa
aquele que não morreu
segue débil e torto
Murmurando suas revoltas pelos cantos
esta vivo, está morto
Mortos vivos, sem fibra
nem autonomia, revoltos
pós-modernos verborrágicos
reinteram suas esperanças nas diversidades
nos intermináveis debates, nas lutas pacíficas
suas revoltas vazias tem como teto a democracia
O novo comemorado
não passa do velho reeditado
A nova bomba explode
em meio aos velhos gritos
A nova fome reforça os velhos ritos
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