sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Geografia



Descobrindo a tua geografia...

Conheci as colinas de teus lindos seios
mais a baixo, barriga e ventre...
um lindo vale tendo ao centro,
para me guiar, como que em alto mar
o cruzeiro distante a guiar os navegantes...
teu umbigo
Em tuas costas passei longo tempo
no côncavo de tuas nádegas deleitei-me
Em tuas coxas quase me perdi
á teus pés me reencontrei
Por tuas pernas longamente escalei
E então encontrei
o mistério que começa do umbigo pra baixo
o mistério que começa do joelho pra cima
e nunca... nunca mais termina

Fábio Che

Sexta-feira a noite


Sexta-feira à noite os homens

acariciam o clitóris das esposas

com dedos molhados de saliva.

O mesmo gesto com que todos os dias

contam dinheiro papéis documentos

e folheiam nas revistas a vida dos seus ídolos.

Sexta-feira à noite os homens penetram suas esposas

com tédio e pênis.

O mesmo tédio com que todos os dias

enfiam o carro na garagem

o dedo no nariz

e metem a mão no bolso para coçar o saco.

Sexta-feira à noite os homens ressonam de borco

enquanto as mulheres no escuro encaram "seu destino"

e sonham com o "príncipe encantado".


Marina Colasanti


Enviado por Renata Tonelloti

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Tua imágem


Ao ver-te...
Quero-te já em meu quarto as roupas á voar como pássaros calados

Lamber-te a nuca, beijar-te o ventre já febril
e os seios intumescidamente fartos,
em chupadas lambidas indecentes
com corpos endosseis e suados, em arrepios impacientes,
buscando serem saciadospenetrar em tua boca, de excitação já dormente,
minha língua, buscando a tua como algo inerente Como fera sedenta
Prender teus lábios entre os denteso rítimo frenético dos corpos
materialização de vontades mais urgentes transformação de desejos
em força material, realidade... bem e mal
vontade em ação entre beijos o som dos corpos e os urros gutural
somados aos suspiros clementes
formando uma trilha sonora nossa canção fatal

Entre teus gemidos cedentes, caminhar lento...
por tuas curvas de perigos-e-delícias sem igual
com a língua tocar-te o viço umidescente
do cio, para finalmente
com o rijo membro, latejante e imponente,
preencher-te os vazios


Fábio Che

A ostra e o beijo

Viciar-me em bebida indecente
com transcendente sabor de extase

Abrir-te ostra e encontrar-te a pérola

tocar-lha em um leve beijo,

e com o toque da língua fazer-la morder os lábios

e mergulhar em oceano de fogo... teu gozo...

Após sugado onéctarde teu prazer e meu delírio,

radiar-me de teu brilho

Em sorriso satisfeito...
Repousados no já úmido leito do qual decerto se fez o melhor proveito


Fábio Che

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Teu cheiro...


Teu cheiro em meu corpo
Fica a me vestir tal qual camisa,
Mas cheiro vai com a brisa,
Se desgasta com o tempo...
E não me deixes ficar pelado em noite de céu nublado
Quero o teu cheiro em minha cama
e na boca teu sexo molhado
e a sensação passageira de desejo saciado
Para que no momento seguinte
em rompantes de paixão
entrelaçemo-nos os corpos
a rolar pelo chão
E nas amarras do tesão
clamo-te, a teu prazer ata-me e desata-me
o corpo, mas não ata-me o coração...
Não faças uso do olhar dilacerante,
nem de teu lindo corpo, no qual maravilhado perde-se teu amante,
Nem do gosto de mel que emana de tua Boca
remetendo-me a delírios povoado de sensações loucas,
E mais ainda não se valha
do fogo-em-tuas-entranhas-guardado,
do ardente vulcão de teu sexo tão desejado,
da fenda de lava incandescente, que leva
"ao centro de tua terra"...
Jardim dos prazeres e delícias,
sonhada morada,
terra que anseio,
seja por mim habitada.
Fábio Che