quarta-feira, 4 de julho de 2007

Tênue


Com todo amor que me odiavas
Com teus afagos que me abriam Chagas
Com teu beijo docemente Cancerígeno
E cada delicado jesto, com os quais
Em tua meiguisse me atacavas
E o teu maldito silêncio
Que como que me antecipando,
Vinha de encontro ao meus anseios
Aplacando-me a sede de
Calar com a desconsertante atenção
Que a mim dispensavas
Com teu doce abraço que me estrangulava
E ofertava-me teus seios, entre os quais
Embrenhava-me e onde deliciosamente
perfumando-me, me fustigava
Assim eu fora teu, e tu também foras minha
A ti sempre retribui, com todo o ódio que por ti senti,
E que trasmutado em seu contrário se apresentava...
Oh, cara e amada chaga...
Fábio Che

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