terça-feira, 24 de outubro de 2017

Sobre o amor e propriedade

Tenho-te a meu lado por não te ter, comigo ombro a ombro caminhas, apenas por não ser minha entrega-me teu amor tu me tens a teu lado por não ser teu por isso caminhamos par e passo, lado á lado apenas por não ser teu entrego-te o amor que tenho eu fossemos um do outro nem tu me amavas nem eu te amaria seriamos propriedade um do outro o amor virava posse o sexo burocracia como cães amando aos donos em sua perpetua prisão encoleirado e adestrado o amor morria a ilusão de segurança, o medo da perda da propriedade, mata (com o tempo) os melhores sentimentos, que ironia da humana animalidade resta a sexualidade livre e vadia em vão tenta o liberal domestica-nos os sentimentos a tudo põe preço, posse, propriedade... burocracia amo-te por não ser teu ama-me por não ser minha emanados enfrentamos a burguesa monogamia (Massari) (Para Jazz, a mulher que amo, a quem por não pertencer, nutro tamanho sentimento, que fossemos posse não poderia)


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