Admirável mundo novo
É incrível notar como tudo está mudado
como são inovadores estes novos tempos
Na sociedade pós industrial
tudo é novo
as novas propriedades privadas
novas formas de exploração
as novas taxas de mais valia
novos salários
novos empregos
as novas doenças do trabalho
com seus novos óbitos
os novos patrões
os novos empregados
com suas respectivas
novas riquezas
e novas misérias
os novos habitantes das novas ruas
as novas relações sexo afetivas
as novas posses
as novas famílias, novamente nucleares
as novas opressões
e novíssimas violências
novas repressões
em novas periferias
as novas músicas
os novos programas de tv
o novo consumo, das novas migalhas
as novas crianças que morrem
a cada novo dia
vítimas de uma fome também nova
Só não consigo compreender com essa época
de pós modernidade pode ser tão nova e diferente
e conservar no ar
o odor putrefato do passado
Fábio F. S. Massari
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Enfrentamento
Aos que vem pra rua
Traz tuas mágoas
para juntar-se as nossas
Traz tua voz
e
teu canto
teus anseios
e
demandas
tuas pedras
e
bandeiras
Vem pra rua
Da qual nunca saímos
E oxalá nos permita
tua revolta não seja passageira
Vens reinaugurando as formas
de luta que construímos
Vem, mas vem com gosto
vem com classe
Saiba apenas que não inventas a roda
tão pouco inventas as lutas
O narcisismo de tuas jovens e vibrantes cores
não permitem a ti reconhecer-te
no que e velho e fosco
Mas antes de tu estávamos nós
e antes de nós, guerrilheiros
e antes outros comunistas
e antes ainda os velhos anarquistas
e antes negros quilombolas
antes ainda índios guerreiros
Vem pra rua nego
Mas aprende história
Olha no espelho e verás teu passado
Invade, ocupa as ruas
construímos estas avenidas
para que desfiles teu bloco
e teu samba
Passa com tuas confusas alegorias
ps: Um gigante sem rumo
será sempre dirigido pela pequena burguesia
E lembras que
quando a moda passa
quando o carnaval acaba
Pra fazer do samba a vida
e fazer samba todo dia
só fica a velha boemia
Fabio S. Massari
para juntar-se as nossas
Traz tua voz
e
teu canto
teus anseios
e
demandas
tuas pedras
e
bandeiras
Vem pra rua
Da qual nunca saímos
E oxalá nos permita
tua revolta não seja passageira
Vens reinaugurando as formas
de luta que construímos
Vem, mas vem com gosto
vem com classe
Saiba apenas que não inventas a roda
tão pouco inventas as lutas
O narcisismo de tuas jovens e vibrantes cores
não permitem a ti reconhecer-te
no que e velho e fosco
Mas antes de tu estávamos nós
e antes de nós, guerrilheiros
e antes outros comunistas
e antes ainda os velhos anarquistas
e antes negros quilombolas
antes ainda índios guerreiros
Vem pra rua nego
Mas aprende história
Olha no espelho e verás teu passado
Invade, ocupa as ruas
construímos estas avenidas
para que desfiles teu bloco
e teu samba
Passa com tuas confusas alegorias
ps: Um gigante sem rumo
será sempre dirigido pela pequena burguesia
E lembras que
quando a moda passa
quando o carnaval acaba
Pra fazer do samba a vida
e fazer samba todo dia
só fica a velha boemia
Fabio S. Massari
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