quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Homenagem
Ah, o pecado!
Viva o pecado Que esconde em si A mais casta virtude.
Pequemos todos, então,
Pois a alternativa
É sermos todos pequenos e vãos.
Deixemos correr
Mãos sobre nádegas
E olhares incestuosos
Sobre nossas próprias amantes.
Degolemos padres e pastores (que também pecam, só que pecam escondidos)
Pelo horror de terem inventado As velhas beatas que nunca souberam pecar.
E pequemos sem culpa Porque culpa e pecado
Não sabem dançar um maxixe,
Só valsas vienenses. Quando muito!
O pecado é belo,
Fulgurante e molhado;
Feito para ser deliciado
Como outra língua em nossa boca.
Fiquemos apenas com a angústia
Do pecado mal feito
Ou do jamais cumprido.
Pequemos o aqui e no agora
O pecado doce
Da quase-castidade abandonada.
Sem o pecado
Não acredito na sinceridade de Deus.
(Paulo Mont'Alverne)
(enviado por Renata Tonelotti)
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2 comentários:
Um tanto bobagem a pergunta que nos inflama de falta. (falo por mim e pelos irmãos que também viram para não me deixar mentir). Coincidências? Oras... Havendo algum propósito nos acasos da vida, são como o ar que recheia os balões. A gente não vê, e nem quer, se vê-los voar é o que basta ao querer de beleza dos olhos.
O céu de Limeira tem um quê a mais de laranja e lindo. Mas, achei, sempre, que fosse distante demais de tudo para essas delicinhas de se desacreditar.
Outro poeta, amigo, fala sobre os fenômenos decorrentes do tocar de nossas chamas pessoais. E amarramos o primeiro parágrafo, voltemos para o fogo e para o treiller de lanches. Um zepelim. Viagem. rs*
Explosão essa para merecer um bar decente. Uma cerveja. Combinado?
(sobre a alcova, gostei daqui)
Olá! Estou atrás do autor desse poema tem meses já. Não acho as obras dele, mas vi que ele tem livro publicado. Você me diria como o conheceu? Onde a Renata Tonelotti o encontrou? Preciso muito dessa informação...
Obs: Belo blog. :)
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