sexta-feira, 15 de junho de 2012

Chamas... Tu me chamas e as chamas parecem já terem consumido tudo o pouco que sobrou de nós do efeito das chamas do tempo agora parecem escombros da fortaleza doutrora Eu te chamo Não percebendo que o tempo de nós dois já passou chamuscado vejo minhas lágrimas caírem ao solo em meio as cinzas do que fora nossa vida Chamo Chamas Mas em meio aos escombros e cinzas não conseguimos mais nos ouvir Não há nada de errado a vida apenas seguiu seu curso Tolice é acreditar que algo pode resistir a ação do tempo ao fluir, as transformações ao movimento De tudo que tínhamos a dizer restou apenas silêncio Em meus lábios surdos levarei a saudosa lembrança de teu mais apaixonado beijo hoje a solidão fora resposta ao desejo De um tempo em que o mundo não importava e éramos tu e eu consumidos pelas chamas do desejo Chamas Chamo Talvez sigamos recordando e inutilmente chamando um ao outro em meio as ruidosas e imprecisas estradas que nos reserva a vida Talvez o chamado não resista as primeiras esquinas vejo tudo se consumir en(quanto) chamas